O melhor de Budapeste by Marina Petter Rodrigues
Sou suspeita para falar sobre Budapeste. Morei lá durante 13 meses e construí um amor imenso por essa cidade que pra mim é a mais linda do mundo!
Cheguei em Budapeste em janeiro de 2014 e desde o primeiro dia já me senti em casa, nem o frio, nem a noite já instalada às 16h e nem o idioma estranho me intimidaram. Durante a primeira semana que eu estava lá acordava cedo e saía bater perna na rua sem olhar o mapa e sem buscar os pontos turísticos, queria conhecer tudo ao acaso (até porque, sinceramente, eu cheguei lá sem ter muita noção do que realmente tinha na cidade além do famoso Parlamento).
A primeira surpresa que eu tive foi ao me deparar com a Basílica de St Stephen’s, batizada com o nome do primeiro rei da Hungria, linda por fora e encantadora por dentro! Por ser o primeiro lugar que eu “encontrei”, sempre tive um carinho especial por ela! Tem uma pracinha na frente onde dá para sentar e ficar horas admirando o local, além de bares e restaurantes típicos. A entrada é gratuita, mas vale a pena pagar uma taxa (que na minha época era o equivalente a R$10) para subir no deck onde tem uma vista muito bonita da cidade.
Saindo da porta principal da Basílica e seguindo reto, em 5 minutos se chega na Chain Bridge e no rio Danúbio, que divide a cidade em lado Buda e lado Peste. Se atravessar a ponte para chegar no lado Buda dá para subir no Buda Castle onde se tem outra vista muito bonita da cidade. Dá para subir por um teleférico ou dá para subir a pé mesmo, eu sempre fui a pé porque a subida é bem tranquila e o teleférico custava mais ou menos R$25 (pelo que eu me lembro).
Lá do Buda Castle dá para seguir caminhando (para o único lado que dá para caminhar) e já ir conhecendo o lado Buda da cidade, que muda totalmente em relação ao lado Peste. Caminhando uns 10 minutos se chega na Mathias Church, uma igrejinha liiinda que fica junto com o Bastião dos Pescadores que é tipo um terraço com uns castelinhos que fornece outra vista magnífica da cidade! É lindo durante o dia, mas durante a noite é divino!!! O Bastião fica de frente para o Danúbio e de frente para o Parlamento.
Pra tirar aquelas fotos que todo mundo tira (que pega todo o Parlamento e o Danúbio) é só pegar logo à direita ao sair da Chain Bridge (como se estivesse vindo do lado Peste) que tem uma escada que desce para uma rua onde é ótimo para caminhar ou andar de bicicleta, e de lá se vai até a frente do Parlamento. Já para ir mesmo até ele, basta atravessar novamente a ponte e seguir caminhando para a esquerda que logo se chega no cartão postal de Budapeste! Neste caminho, bem na beira do Danúbio, tem o Shoes on the Danube, um memorial em homenagem aos judeus que ali foram mortos. Dá para fazer tranquilamente tudo isso a pé, o que é bem melhor, pois se conhece muito mais a cidade, mas vale lembrar que se for inverno este passeio costuma ser beeeem gelado em função de ser na beira do rio.
Voltando para a Chain Bridge, mas agora seguindo para o lado direito dela (mas aí o caminho é mais longo e de repente seja melhor pegar transporte público, se não me engano é o Tram 2 que leva até lá) tem outra ponte lindíssima que é a Liberty Bridge. Logo na frente dela, ainda no lado Peste, tem o Mercado Público que também é muito bonito e fica perto também da Sinagoga. Se atravessar a Liberty Bridge, após subir uma escadaria generosa (que eu subi uma vez e recomendo ir de ônibus, pois foi beeem cansativa) se chega na Citadella, situada no topo do Monte Gellert, com umas estátuas e uma vista panorâmica da cidade.
Todo este passeio – desde a Chain Bridge até a Citadella – pode ser feito em um dia e já dá para conhecer os principais pontos de Budapeste! Pertinho do Mercado Público ainda tem a Vaci Utca (Rua Vaci), uma das principais ruas de Budapeste com muitas lojinhas de souvenirs e restaurantes.
Outros pontos principais de Budapeste são a Andrassy Utca (Rua Andrassy) que tem as lojas de grife da cidade e a Ópera e, nessa rua mesmo, tem um ônibus que leva até a Heroes Square, a Praça dos Heróis, com dois museus um de cada lado, muito bonita e que também não dá para sair de Budapeste sem conhecer.
Atravessando a praça se enxerga um castelo do outro lado que é bem pertinho para ir a pé, o Vajdahunyad Castle, lindo e com um parque muito bacana atrás dele. Durante o inverno é aí que fica a pista de patinação no gelo que também é muito legal de conhecer!
Além disso tudo, Budapeste é muito famosa também pelos parques de águas termais. Tem vários! O mais famoso fica no Hotel Gellert que fica no lado Buda logo que se sai da Liberty Bridge. E no verão outro lugar legal de conhecer é a Margit Sziget, um parque enorme onde o pessoal vai para curtir o dia. Se der tempo é bonito conhecer a Deak também, uma praça próxima à Basílica e a Vaci Utca (tudo isso que eu citei são lugares praticamente em sequência, sempre perto um do outro). As pontes também são destaque na cidade, além das duas que eu citei tem também a Elizabeth Bridge que é muito bonita, mas fica um pouco mais distante.
Bom, em relação à noite em Budapeste também sou suspeita pra falar. A maioria dos lugares não cobram entrada e o preço da cerveja é ótimo! Fazer festa lá é MUITO barato! Como uma boa intercâmbista, meus lugares favoritos eram: na segunda-feira o Morrisons 2, esse pagava pra entrar, mas era 500Ft (o equivalente a R$5) e ganhava 3 cervejas. O lugar é bem grande, tem gente de tudo que é tipo, ambientes de vários estilos e um karaokê muuuito divertido. Neste mesmo lugar, na quinta-feira, pagava 1990Ft (R$19,90) e a bebida era liberada, incluindo TUDO! Cerveja, vodka, tequila, whisky… tudo! E na quinta também tinha o Morrisons Opera, outro bar que até às 21h não pagava pra entrar e das 21h até 00h a cerveja custava 100Ft (R$1) e a tequila 300Ft (R$3). O lugar é bem menor que o outro Morrisons, mas também é muito divertido e tem karaokê! Na Nagymezo Utca (Rua Nagymezo), que por sinal era onde eu morava, tem vários bares com cerveja barata e tem o Instant, uma festa muito louca, com vários ambientes mega excêntricos e um pessoal adoidado. Pra quem gosta da noite, tem que conhecer! Mas um aviso: mesmo que a temperatura estiver negativa na rua, dentro do Instant sempre vai ser MUITO quente (e nem sempre o cheiro vai ser agradável =P). Outro bar MUITO legal e diferente é o Szimpla, sempre que eu recebia visita eu levava lá para conhecer. Já pra balada eu não sou muito boa pra dar dicas porque eu não ia muito, mas as que eu mais gostava eram a Hello Baby, a Peaches and Cream, a Romkert (mas abre só no verão), a Play, a Otkert e a Kraft.
Detalhe importante: é fundamental saber brindar em húngaro: EGÉSZSÉGEDRE!!!! (Só precisa de um pouco de treino pra pronunciar hehe)
Budapeste é uma cidade perfeita pra turistar caminhando, pois é linda em todos os cantos, mas se a opção for o transporte público também vale a pena porque funciona muito bem e o preço também é ótimo! Outra coisa importante é que Budapeste é considerada uma cidade amarela, pois é totalmente iluminada durante a noite (tornando-a muito mais linda!), mas tem que ficar atento, pois as luzes dos pontos turísticos se apagam a 1h da manhã!
Enfim, fica difícil falar desse lugar que é a minha grande saudade, poderia escrever páginas e páginas justificando o porquê de ser a melhor cidade de todas, mas brevemente aí está o que eu mais gostava de fazer enquanto morei lá. Também não posso dizer qual é o lugar mais bonito, pois eu sou apaixonada por cada cantinho dessa cidade!
E pra finalizar, faço das palavras do George Ezra as minhas palavras: “My house in Budapest, my hidden treasure chest!”
by Marina Petter Rodrigues
Quase fisioterapeuta, gremista e apaixonada por Budapeste!
