Viagem para o Peru – Dica Spice Up by Ana e Antônio
Depois de um voo com conexão em Buenos Aires, chegamos a Lima as 22h00min. Fizemos toda burocracia de malas e imigração e saímos em busca de um táxi. Conforme dicas de muitas pessoas, não pegamos táxi das companhias na parte interna do aeroporto, e sim o Green Táxi, na porta de saída. Em Lima, como em todo Peru, se pode negociar e muito bem os valores das corridas, sem depender do taxímetro. Na chegada, tomamos um susto com a pobreza aparente, muito além do que costumamos ver no Brasil, mas depois de entrarmos na Beira Mar (nome da rua) e começamos a costear o mar, a ideia e percepção da cidade muda totalmente. Após 35 minutos no táxi, chegamos ao nosso Hotel, o JW Marriott. Optamos por este hotel em função da localização, bem em frente ao tradicional Shopping Larcomar, segunda maior atração turística do Peru, perdendo apenas para Machu Pichuu em numero de turistas por ano. Para quem pensa em ir a Lima, existem duas ótimas opções de bairros para se hospedar: San Isidro e Miraflores, ambos com vida própria, boa localização e diversas opções de hotéis.
Como tínhamos duas noites na cidade, optamos por fazer um city tour (mas não o tradicional ônibus e sim com um táxi pré-negociado – vale muito mais a pena!) no primeiro dia e optamos por algumas opções pontuais no segundo dia. O ideal e descer no centro da cidade e fazer uma caminhada bem bacana, de mais ou menos umas 20 quadras, onde se pode ver o Centro Histórico. Dica é descer na Plaza de Armas e vir descendo até o Estádio Nacional.
Passando pelo Palácio do Governo e Palácio Municipal, pegue a rua Jirón de la Unión e siga, passando pela Plaza San Martin, depois Passeo De Los Heroes Navales e pelo Palácio da Justiça, passando pelo Parque de la Exposicion, onde tem o Museu de Arte de Lima, e terminando a caminhada no Estádio Nacional.
Após o city tour vale uma parada no bairro boêmio do Barranco para assistir o pôr do sol e tomar algo.
Sobre a gastronomia, Lima é umas das cidades com o maior número de restaurantes destacados no ranking das melhores opções da América Latina. Come-se muito bem no Peru! Optamos na primeira noite pelo Central, por estar perto do hotel e termos ótimas recomendações. O restaurante realmente é muito bom e oferece uma experiência totalmente diferente do que estamos acostumados. Desde o apertivio até a sobremesa.
No outro dia resolvemos dar uma caminhada pela orla pela manhã e depois fomos passear pelo Shopping Larcomar, onde existem diversas opções de lojas e restaurantes. Almoçamos por lá mesmo no Tanta, outra ótima opção da culinária Peruana e muito bem recomendado também. No final da tarde, tínhamos que nos deslocar até o aeroporto para pegar o voo para Cusco.
O voo para Cusco dura 1 hora. Existem três opções de companhias para fazer este trecho de avião: a Star Peru, opção mais barata, Peruvian e, a opção mais cara, a LAN. Desembarcando, já se pode ver um pouco da bagunça que é o aeroporto. Da mesma forma que em Lima, não vale a pena pegar um táxi pelas companhias que se encontram dentro do terminal e sim, negociar diretamente com os taxistas no lado externo, seja para opções de táxi ou van. Do aeroporto ao hotel, o deslocamento é curto e não leva mais de 10 minutos, pois o aeroporto e praticamente dentro da cidade.
Para minha surpresa, Cusco não e uma cidade pequena, tem mais de 340.000 habitantes, porém a variedade de hotéis é menor que Lima. Optamos pelo Atiq, um Hotel Boutique bem novo e com poucos quartos, porém com um serviço de primeira qualidade.
O hotel localiza-se a 4 quadras da região central da cidade, a Plaza de Armas. Como chegamos à tardinha, acabamos apenas dando uma caminhada no centrinho e optamos por jantar em uma das indicações que pegamos no Hotel, o Restaurante Incanto, muito bom. Da mesma maneira que em Lima, Cusco oferece diversas opções de alimentação e todas muito boas.
Na manhã seguinte, resolvemos caminhar pela cidade, onde subimos ate a Plaza de Armas e fizemos um recorrido em todo o centro, até optarmos por fazer o city tour de ônibus, iniciando na Plaza X. O passeio leva em torno de 1 hora e meia, mas vale muito a pena para conhecer toda região. Ele não só passa por toda a região central, como vai até a parte mais alta da cidade, no Cristo Branco, e passa por fábricas artesanais de alpacas feitas à mão.
Para o almoço escolhemos o restaurante Limo, na Plaza de Armas, mais uma ótima opção da culinária peruana, muito bom para quem gosta de pratos típicos do país. No final do dia, pegamos o trem para Machu Pichuu, onde passamos dois dias.
Após dois dias, de volta a cidade, optamos por fazer o tradicional Tour pelo Vale Sagrado, o qual comporta passeios por Pisac, Chinchero, Muray, Maras e Ollamtaytambo. Este passeio toma o dia inteiro e a melhor opção é fechar o tour com uma van no hotel. O próprio motorista é um guia nativo (quem preferir pode contratar além de uma van, por 120 dólares, um guia exclusivo por mais 80 dólares). Saímos do Hotel as 09h00min da manhã. Nosso primeiro destino era Chincheros, um pequeno povoado onde se encontram algumas ruínas e também comunidades de artesãos, onde se pode ter demonstrações de confecção de mantas, casacos, etc. Seguindo, fomos à direção das Salinas de Maras, onde se pode encontrar a flor de sal e o sal rosa por um preço inacreditável e direto da fonte. Depois passamos por Muray, onde se pode encontrar uma obra prima das comunidades que viviam lá naquela época e o quão inteligente os mesmos já eram para sustentar os povoados.
Nestas duas cidades se perde mais de 1 hora. Depois disso, partimos em direção a Ollamtaytambo, com uma parada para o almoço na cidade e Urubamba. Ollamtaytambo é conhecida por abrigar a estação de trem de onde partem a maioria das pessoas em direção a águas calientes/machupichuu. Muitas pessoas não imaginam que nesta pequena cidade existe uma das maiores e mais bonitas ruínas do Peru. São tão bonitas como a cidade sagrada, que se pode encontrar quando se chega ao topo do Machu Pichuu.
O passeio lá é muito bacana e vale a pena subir e passear por toda ela para se conhecer a história no detalhe. Nesta cidade, se perde tranquilamente, 1 hora e meia. Depois disso, iniciamos nosso retorno em direção a Cusco, mas ainda com uma parada por fazer, em Pisac. Esta seria nossa ultima parada e, não menos importante. Nesta cidade também se podem encontrar ruínas de comunidades antigas. Menores das que encontramos em ollamtaytambo, muito parecidas como o que se vê em Chincheros. Esta última parada e mais rápida, até pelo cansaço do dia.
Chegando a Cusco, por volta das 17h00min, fomos direto para o hotel descansar um pouco antes da janta. Como tínhamos uma reserva num dos restaurantes mais procurados da cidade, o Cicciolina, nos arrumamos e fomos jantar. Outro lugar que vale muito a pena conhecer, com comida e atendimento excelentes. Local cheio de tursitas de todos os cantos do mundo e fica ao lado da catedral na Plaza de Armas.
Após uma ótima janta, resolvemos fechar a noite no Museo del Pisco, mais uma parada obrigatória em Cusco. O mesmo é um bar, onde se pode encontrar não só a historia desta bebida, como provar diversos e diversas combinações da mesma. Apos alguns drinks, descemos a pé ate nosso hotel, aproveitando nossa última noite na cidade. 
Lembrando que a noite faz frio na cidade e é bom levar um casaco para garantir. Em resumo, para aqueles que estão planejando fazer esta viagem para o Peru, recomendo três dias em Lima e cinco dias em Cusco para que se possa conhecer bem as duas cidades e suas atrações e desfrutar da ótima culinária peruana.
By Antônio Costa Gama e Ana Maria Lübbe
Adorei as cidades do Peru,