05 motivos para conhecer Berlim – Lá Vai Ela

A capital da Alemanha sofreu, foi destruída, matou e se redefiniu. Hoje é uma cidade que tem seu passado incrustado nas ruas, seu presente vivo e moderno, e os olhos voltados pra o futuro. Separar ou segregar parece ser o que Berlim não quer mais – e por isso esses cinco motivos são apenas uma amostra do que se pode encontrar por lá.

MURO

Talvez exista uma razão pra tantos contrastes visíveis. No auge da Guerra Fria, essa cidade foi dividida ao meio. A linha dupla de tijolos marca o local por onde passava o muro de Berlim. Muito mais do que uma barreira física, ele separou um mesmo povo em dois ideais, durante 28 anos. De um lado o capitalismo, do outro o socialismo. Derrubado em 1989, deixou marcas profundas na sociedade alemã. Impossível sair sem explorar os pedaços restantes, ler a respeito e, claro, fotografar. Mas acima de qualquer outro ponto turístico, entender o que isso significou e as cicatrizes que deixou é essencial para a compreensão da Berlim de hoje.

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MEMORIAL DO HOLOCAUSTO

Outra ferida alemã, aqui o Holocausto é lembrado como deve ser: com muita dor. Aparentemente, os 2.700 blocos de concreto não dizem muito para quem vê de fora. Olhando de cima, mais perece um cemitério. Mas basta caminhar nos labirintos para sentir-se sufocado na imensidão cinza e, quem sabe, refletir sobre o que se passou, sempre por meio da arte.

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MITTE

Berlim vive um processo de modernização acelerado, em constantes obras. O cinza que dominava a cidade, em terrenos e praças vazias, foi colorido. A nova arquitetura conta com edifícios mais altos e mais modernos, nítidos em locais como a Potsdamer Platz, território da ex-Berlim oriental que até os anos 90 estava abandonado. Os muitos bares, teatros e museus hoje tem espaço em todos os lados, mas é no bairro do Mitte que estão concentrados. E também se tornou uma zona de criatividade, onde novos estilistas abrem suas lojas e restaurantes exploram sabores de todas as partes do mundo. Ali é o lugar para se perder, para sair, para desvendar.

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Surpreenda-se e abra sorrisos imediatos ao entrar no Clarchens Ballhaus, um fantástico lugar com muita cerveja, um jardim agradável, pizza deliciosa e um antigo salão de dança com uma enorme piso de madeira.

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MIX CULTURAL

Hoje a cidade que foi palco de segregação e exclusão mescla raças e estilos. Durante muito tempo a maciça imigração turca sofreu todo o tipo de abuso – não deixe de visitar o bairro turco, uma verdadeiro pedaço do oriente, cheio de inspirações e comidinhas deliciosas. Hoje, como em qualquer grande metrópole europeia, o preconceito ainda existe, mas as diferenças já fazem parte do cotidiano de mais de 3 milhões de habitantes. Nos cabelos coloridos, nas roupas, na origem: a mistura está por toda a parte. Por isso os berlinenses e os cerca de 500.000 estrangeiros que moram aqui formam bem mais do que uma cidade em reconstrução. Formam, isso sim, uma cidade de grandes horizontes, de experimentos e de inovação.

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ARTE e ARQUITETURA

Berlim é cosmopolita, estimulante e atrai cada vez mais jovens e artistas. Na chamada East Side Gallery (o maior pedaço de muro restante) painéis multicoloridos expressam os sentimentos de quem viveu aquela surreal separação. Tudo isso virou arte. Aliás, parece ser um dom local transformar os acontecimentos marcantes e as muitas histórias desse lugar em turismo. Nos traços da arquitetura, nas pinturas e esculturas escondidas em ruelas, nos grafittis por todos os lados, Berlim é um livro aberto. Mas se a ideia é fugir do roteiro tradicional, pequenas galerias de fotografia podem dar conta do recado. Se concentre na Augustestrasse, e ali não deixe passar o KW Institute of Contemporary Art. 

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By Marcella Lorenzon

5 Comentários

  1. Minhas dicas são Prenzlauer Berg e as proximidades de Kastanienallee, com bares legais, cerveja barata e um clima menos turístico. E no verão, os bares “praias” espalhados pela cidade. Uma delícia!

  2. Muito bom o post! Amo essa cidade que tem uma história forte muito recente e está sendo reconstruída com projetos dos melhores arquitetos do mundo!!
    Parabéns Marcella e Fefa pelo trabalho. Cada sexta dá para viajar um pouquinho!
    Beijos

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