Lua de mel de mochila pela Indonésia

A pedido do Spice, vamos contar um pouco sobre nossa lua-de-mel atípica: abrimos mão de ir a qualquer paraíso “all inclusive” para desbravarmos juntos o Sudeste Asiático –  estávamos em um momento mais “mochileiros”. Tínhamos reserva de hotel somente para os três primeiros dias. Em 40 dias, passamos pela Tailândia, Malásia, Singapura e, por fim, Indonésia (onde foram 24 dias).

A Indonésia – maior arquipélago do mundo, com cerca de 17 mil ilhas, é um caso de amor à primeira vista. Por isso escolhemos contar sobre a nossa experiência nesse lugar incrível aqui no blog.

 A moeda oficial é a rupia indonésia (IDR) e, quando estivemos por lá (abril/2016), R$ 1,00 custava o equivalente a IDR 3.800,00 – tudo muito acessível. Bali é o principal destino turístico do país. A ilha abriga a quase totalidade da pequena população hindu do país – acho que essa é a principal razão para que todos caiam de amores por Bali.

Ao desembarcarmos, fomos direto para a região de Ubud, local mundialmente conhecido pelos famosos terraços de arroz. Ficamos na Pousada Desak Putu Putera Cottage, recém inaugurada. O proprietário da pousada nos recepcionou e nos deu um upgrade para um quarto com private pool por sermos os primeiros hóspedes. Com tamanha gentiliza fomos obrigados a contar que estávamos de lua-de-mel.

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O povo da Indonésia é muito cuidadoso com tudo, para agradar os turistas

Uma coisa indispensável em Bali é alugar uma motinho por cerca de R$ 13,00 por dia e, assim, aprender a dirigir uma moto na mão inglesa e, por vezes andar na contramão (super normal!), estacionar em qualquer lugar, usar a buzina em vez do pisca, estar sempre atento (porque quase não há sinalização de trânsito), abastecer em qualquer calçada com combustível comprado em garrafas de vodka, ficar perplexo vendo inúmeras motos nas ruas (algumas com até 5 pessoas em cima).

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Nessa imersão cultural, outra coisa que nos chamou a atenção foram as oferendas (Canang Sari) feitas de folha de bananeira (a cestinha). Nelas são colocadas flores nativas e incensos. Elas são feitas diariamente pelas balinesas e colocadas nos templos, na frente do seu comércio, na porta de entrada das pousadas, na beira da praia…

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Em Ubud, um dos lugares mais visitados é a Floresta dos Macacos. Como o próprio nome diz, lá vivem muiiitos e muitos macacos, que são espertos e ficam loucos quando vêem alguém com comida, pacotes industrializados, água e até refrigerante. O templo é bem bonito, com caminhos e estátuas cobertas de musgo e cipós caindo das árvores.

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De Ubud partimos para Seminyak, e como o trânsito de Bali é intenso – porque a maioria das ruas são de mão única e dificilmente imprime-se velocidade superior a 50km/h – levamos 01h30min de táxi (dica: prefira sempre os que têm taxímetro) em cerca de 30km. No trajeto paramos em um local (região de Mas Village) onde pudemos ver os artesãos esculpindo lindas esculturas de madeira com uma perfeição inimaginável. Vale a pena a visita.

Em Seminyak, região badalada e descolada de Bali, fomos nos outlets de surf, compramos lembrancinhas na loja Krisna (vale muito a pena – é uma espécie de Atacadão)  e, claro, fomos à praia – que, na realidade, não tem nada de mais, areia escura e mar aberto, mas super astral. E, para quem ama praia como nós, qualquer uma está de bom tamanho.

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À tarde curtíamos a estrutura dos beach clubs – como os famosos Ku De Ta e Potato Head , onde o pessoal curte o fim de tarde ao som de um DJ, vendo o pôr-do-sol nas piscinas e espreguiçadeiras, tomando uma Bintang (cerveja indonésia) ou inúmeros cocktails.

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Mojitos feitos pelo querido Dana, no beach club Potato Head

À noite normalmente nos perdíamos no centrinho com tantas opções de lojas, cafés e restaurantes legais.

Partimos, então, para o sul da ilha, na península Bukit. A queridinha dos surfistas e cheia de brasileiros: Uluwatu! E realmente lá é tudo isso que falam e muito mais. Com inúmeras opções de hospedagem, a região possui vááárias praias como Balangan, Dreamland, Bingin, Padang-Padang, Uluwatu, Green Bowl, Nyang Nyang, Pandawa. O legal é ir em todas para escolher a(s) sua(s) preferida(a) – fizemos isso e recomendamos.

Para chegar até a praia de Uluwatu vamos passando por diversos bares e lojinhas até descer em uma escadaria, pois a praia fica escondida numa espécie de caverna – que completa o charme do lugar. Quando a maré está baixa, uma piscina natural se forma e a faixa de areia, quase inexistente durante a maré alta, surge, para a alegria dos banhistas. A praia é ainda mais linda que nas fotos.

A vida em Uluwatu é muito simples (e maravilhosa), o dia iniciava cedo ao pegarmos nossa scooter – que tinha inclusive lugar para carregar as pranchas –, tomávamos café da manhã em um dos bares de Uluwatu olhando o mar e, quando o maridão ia surfar e a maré ainda estava alta, eu continuava num dos bares para apreciar a vista, fazer uns vídeos dele e tomar um suco.

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Na foto nós e meu irmão, que passou uns dias conosco em Uluwatu

Mas quando a maré baixava eu descia pra praia pra pegar um sol e me refrescar nas piscinas naturais… enquanto os meninos continuavam surfando. Ah, tem grande oferta de balinesas querendo fazer uma massagem mesmo que você esteja nos bares ou na beira da praia.

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Essa senhora tem 70 anos e passa o dia na praia vendendo cangas (sarongs), bonés e pulseiras – é uma tentação

Na hora de comer, em Uluwatu tem até a opção de um prato feito brasileiro, com feijão e tudo. De tarde é hora de curtir mais praia/surf e, no fim de tarde o programa preferido do pessoal é ir para o famoso bar Single Fin e curtir o sol se pondo tomando uma Bintang, é claro. Nas quartas e nos domingos o DJ toca até a 1h no Single Fin. Na sexta e no sábado é comum rolar um lual na praia de Padang-Padang.

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A outra ilha que fomos chama-se Gili Trawangan, que fica a 1h30min de barco a partir de Bali e pertence a Lombok. Os únicos meios de transportes por lá são charretes e bike. Em meia hora é possível dar uma volta por toda a ilha de bike. É uma ilha encantadora, um verdadeiro paraíso…

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Por acaso encontramos uma pousadinha onde nos sentimos em casa. Unzipp Bungalows, super recomendamos!

 Em Gili T nós alugamos uma bike, tomávamos café da manhã na pousada, escolhíamos a praia, sentávamos em uma espreguiçadeira, curtíamos o sol, a praia, o mar…

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Na beirinha era possível nadar com os peixes e tartarugas enormes.

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À tardinha voltávamos à praia para ver o pôr-do-sol. À noite jantávamos, tomávamos uma Bintang em algum bar – pra não perder o costume – e no outro dia fazíamos tudo isso de novo – sem o menor sacrifício!

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Em Gili T temos a opção de conhecer as outras duas ilhas, além de fazer o passeio de barco com fundo de vidro (snorkling tour), mergulhar com cilindro, explorar a ilha de Lombok. Fizemos amizade com um casal de amigos que chegaram na ilha dois dias antes de nós e que ficaram por lá mais de dois meses explorando os locais próximos, ou seja, não tem como enjoar daquele pequeno paraíso.

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Não sei se é porque estávamos de lua-de-mel, mas a energia da Indonésia não tem explicação. Sugiro que você vá até lá pra se certificar! 

Isso foi um pouquinho da nossa lua-de-mel. E tudo isso fez um conhecer ainda melhor o outro! Foi esse o casamento que escolhemos.

perfilby Aida Dornelles

Aida e Carlinhos são casados, amam praia e amam viajar sem rumo.

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