Pela bela Austrália – Dica Spice Up by Laura Bier

Fiz essa viagem com a minha irmã, um mês de férias no paraíso. Compramos a passagem para chegar em Sydney e sair de Sydney, e lá mesmo decidimos nossa rota pelas outras cidades e estados. O lugar que escolhemos pra ficar em Sydney foi Dee Why, uma das praias do norte, do estado de Nova Gales do Sul, ou New South Wales. Dee Why é uma praia linda, cheinha de gaúchos.

Optamos por não alugar carro para podermos desbravar tudo caminhando, andando de bicicleta e de ônibus. E foi a melhor coisa que fizemos, realmente, caminhando a gente passa por cada cantinho, para em cada ponto lindo… Ficamos 7 dias hospedadas na casa de um casal de amigos. Fizemos a caminhada, pela beira da praia, de Dee Why até Manly, onde estava tendo o Australian Open de Surf. Passamos por várias praias lindas, entre elas, CurlCurl e Freshwater, que tem uma energia maravilhosa e muita onda pra quem pratica o surf. Essa caminhada é cansativa mas compensadora… leva quase duas horas, mas vale cada passo. Em outro dia, optamos pela bike, e fomos até Narrabeen, que é uma outra praia demais, tem uma lagoa gigantesca onde andamos de standup.

Manly é linda, a beira da praia tem muitas árvores, restaurantes e barzinhos de todos os tipo… têm uma rua chamada The Corso, onde têm várias lojas (principalmente de surf) e restaurantes. Entre eles, o Steyne, que era uma noite e agora virou apenas um pub com música… o lugar é gigante, e fica lotado. O Steyne também é um hotel. Ali em Manly, dá pra ir caminhando até Shelly Beach, que é uma prainha mais reservada, com cara de ilha… vale muito a pena fazer mergulho ali porque o visual em baixo d´agua é incrível e vale muito também subir no morro de Shelly e enxergar toda a praia de Manly de cima.

Do outro lado do Corso, ou no lado opostoà beira da praia, tem o Manly Wharf, que é tipo um porto, muito lindo, de onde saem os ferry boats em direção a City, maneira que todo mundo chama a cidade de Sydney. Dá pra ir pra City de ônibus, mas eu aconselho, pelo menos uma vez, ir pra lá de ferry, porque ele passa na frente da Opera House e da Harbour Bridge, dois dos principais pontos turísticos de Sydney. Os dois são enormes, verdadeiros monumentos. O ferry chega no Opera House, aí a gente já desce ali, no fervo… ao redor do Opera House, tem o Circular Quay, com muitas lojas charmosas e restaurantes ótimos, todos com vista privilegiada.

A cidade é enorme, prédios altíssimos, super modernos… muitos executivos circulando, misturados a turistas, jovens estudantes, famílias. Na city a gente encontra tudo o que quer. Mas tem um pequeno limitador (e assim é em praticamente toda a Austrália)… as lojas fecham cedo, ás 17 horas, então tem que se programar. O pessoal na Austrália acorda cedão… 7 da manhã já tem muita gente na rua, pegando os tradicionais cafés pra take away em uma das milhares de cafeterias (sempre charmosas) espalhadas por cada esquina da Austrália. Os cafés da manhã servidos nos cafés são tipo um almoço de tão bem servidos e cheios de nutrientes (avocado, sour cream, pãezinhos, ovos, tomate, espinafre… e por aí vai).

Tomamos um desses, tradicionais australianos, num café charmosérrimo de Bondi. Bondi é um lugar incrível, a beira da praia é muito astral. Tem uma pista de skate que reúne muitos jovens no final de tarde e tem um pôr do sol lindo. Lá em Bondi, fizemos Coastal Walk, outra caminhada dessas longas e paradisíacas que vale muito a pena. Vamos passando por uma praia mais linda que a outra. Lá no fim da caminhada, nos demos de presente um belo fish and chips, em um dos muitos que também tem espalhado pela australia. Comida simples, sem frescura, mas deliciosa.

De Sydney, fomos pra Gold Coast, de avião. Chegamos lá e ficamos hospedadas em um hotel em Coolangata. Tomamos um dos melhores banhos de mar dos últimos tempos, em Green Mouth. Água cristalina e sem onda, parecia uma piscina.

Caminhamos mais uma vez pela beira das praias e fomos conhecendo todas... Snapper Rocks, Kirra, Duranbah, Rainbow Bay e por aí vai. A Gold respira surf. Tem um clima muito mais sossegado que as praias de Sydney. Tem vários restaurantezinhos na beira… Fomos também pra Burleigh Heads, Palm Beach, Surfers Paradise, Currumbin… Em Sufers a gente se sente meio que nos EUA, várias lojas, restaurantes, boates… é uma cidade super agitada. Vida noturna super ativa. Prédios altos e iluminados… em Currumbin, tem um parque que se chama Currumbin Wildlife Sanctuary, que é tipo um zoológico, onde a gente alimenta kangoroos, vê os pássaros típicos, tira fotos com koalas. É uma experiência muito legal. Em Burleigh, vale ir no final de tarde e ficar lá em cima das pedras, curtindo o pôr do sol.

Lá da Gold, pegamos um ônibus e fomos pra Byron Bay. Byron chega a arrepiar. Parece uma cidade cenográfica. Tem um estilo meio hippie, inclusive, se vê muitos hippies e pessoas despreocupadas com o luxo ou qualquer cerimônia. Byron acolhe qualquer um. As praias são lindas, os cafés são lindos, as lojas de roupas e decoração são lindas, dá vontade de comprar tuuuudo lá. Em Byron a gente não vê o tempo passar. Ficamos em um camping na beira da praia. Mas não ficamos em barracas, alugamos um lodge que é tipo uma cabana. O banheiro era compartilhado, a cozinha também, mas tudo muito limpinho, tudo muito bom. Lá também fizemos uma super caminhada, e repetimos ela mais duas vezes, de tão linda que é… fomos até o farol de Byron e voltamos… pela trilha da beira da praia. Aii, tão lindo… vimos golfinhos no caminho, a coisa mais fofa. Fizemos uma noite lá, em um bar na beira da praia. A noite é um pub também, o dj era ótimo, dançamos até não aguentarmos mais os pés.

De Byron, pegamos um ônibus pra Brisbane, dormimos uma noite lá e de Brisbane pegamos um vôo para a ilha mais paradisíaca do mundo. Hamilton Island. É uma ilha que fica na barreira de corais, ou GREAT BARRIER REEF. A ilha tem um pequeno aeroporto. Tudo lá é chiquérrimo, tem que preparar o bolso antes de ir. Não tem backpacker ou hotéis baratinhos. É só resorts. Lá todo mundo aluga uns carrinhos, desses de andar em campo de golf. Nós, mais uma vez, preferimos fazer tudo a pé. Conhecemos a ilha de ponta a ponta (e olha que a ilha não é pequena). A ilha tem uma marina, com uma bakery, uma farmácia, um restaurante de frutos do mar, restaurante mexicano, lojinhas, restaurante italiano, um mercadinho e tem um restaurante na ponta da marina que é lindo demaaais. Fomos lá brindar o pôr do sol com uma piña colada deliciosa. Esse restaurante é no formato de um navio, tem um bar na ponta. Um charme só. Lá fizemos passeios de barco pras ilhas próximas, pra fazer snorkeling, e conhecemos um paraíso chamado Whiteheaven, areia branquíssima e mar com água azul cristalina. Todo mundo que vai pra barreira de corais faz o passeio de helicóptero pra passar por cima da barreira. E vale fazer o passeio que sobrevoa o heart reef, que são corais no formato de um coração. Lindo e caríssimo esse passeio, cerca de 600 dólares por pessoa.

E… quase terminando a nossa viagem, voltamos pra nossa querida Dee Why, pra nossa última semana em terra Australiana. Não demos muita sorte com o tempo, pois choveu em quatro dos nossos últimos dias. Nos dedicamos então às comprinhas, no shopping Warringah Mall, às comilanças e, nos dias em que não choveu, fomos visitar os pontos turísticos que ainda não tínhamos ido, andamos de roda gigante no Luna Park em Sydney, que tem a vista pra toda a city, voltamos pra Bondi, passamos o dia em Manly e nos despedimos das gordices com um delicioso waffle da confeitaria Max Brenner, no Manly Wharf.