Up in the Air – Lá Vai Ela

Crédito Foto: http-//www.flickr.com/photos/epsos/7928294800/

Passaporte, fones de
ouvido, malas. Meias Kendall (mulheres, vocês sabem do que estou
falando), revistas, livro, pescoceira. Líquidos em saquinho,
raio-x, alicate na bolsa. Filas, Dormonid, Rivotril, limite
de bagagem, atrasos.

Crédito da Foto
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Qualquer viajante que se preze
sabe do que estou falando. Quando andei pela primeira vez de avião,
na saudosa TransBrasil, tive a sensação de que
as poltronas eram enormes e todo mundo dormia e chegava inteiro no
final. Infelizmente com a idade e os centímetros de altura e pernas
a mais a dura realidade se apresentou: vida boa no ar só mesmo na
executiva. Porque lá, na ala da frente dos aviões, a vida é regada
à champagne e canapés, e a poltrona é reclinável, de
verdade.

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Mas como a tendência parece
ser passagens cada vez mais caras para essa turma e cada vez mais
baratas para os mortais de trás – com RyanAir
e afins querendo vender passagens em pé (!) para baratear o trecho
– a solução é mesmo aprender a voar. Não literalmente, é
claro.

Crédito
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Já questionava Ryan
Bingham,
personagem de George
Clooney
no filme que deu nome a essa coluna: “quantos
quilos pesa a sua vida?”. Pois na hora de embarcar deveríamos
deixar muitas coisas para trás, para então viajar livres e
desimpedidos. Conheço quem leve o conceito de ‘travel light’ ao pé
da letra, e viaje, seja para onde for, com uma mala de mão pronta
para ser substituída e recheada no destino. Tem também os que, como
eu, levam a casa de arrasto e volta e meia precisam reforçar a
coleção Samsonite por puro desespero na hora de empacotar tudo de
volta. A verdade é que não tenho capacidade de entender como
aqueles monstros levantam do chão com tantas toneladas dentro
deles. Mas nada de pânico: depois de sentado, o melhor é
relaxar.

No entanto,
entre os vídeos chatos de segurança e a guerra nas esteiras de
bagagem, muita coisa pode acontecer. Uma vez fui abordada pelo
vizinho de poltrona que, com a Bíblia aberta na frente, me dizia
que tinha certeza que eu era a Wanessa Camargo
e estava tentando viajar disfarçada. Soube também de uma tia que
teve ligamentos rompidos por um bebum que confundiu a última
poltrona da aeronove com o banheiro e, assustado ao se dar conta
que eram as pernas de uma senhora, caiu sobre ela.

Agora, se você resolveu que a melhor
maneira de chegar onde quer é cortando as nuvens, prepare-se: uma
bela pesquisada, ao mesmo tempo, nos sites das companhias que fazem
o trajeto pode render bons achados. Sugiro evitar a compra pelos
sites de ‘comparação online’, aqueles tipo ‘scanner’ de vôos. Isso
porque na hora da reserva você coloca um intermediário entre
comprador e prestador de serviços, o que pode a vir a ser um
transtorno caso precise desmarcar ou mesmo ter informações extras.
E mais: considere sempre as grandes companhias aéreas e suas
afilhadas. Isso é garantia de aviões mais bem cuidados e modernos –
e essa informação é obrigatória caso você não faça questão cruzar
oceanos no catastrófico Fokker 100.

Crédito Foto
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Mas dica boa mesmo é acumular
milhas. É praticamente impensável querer rodar o mundo e não
participar de nenhum programa desse tipo. Hoje não há uma azeitona
que não vire milhagem. As vantagens são muitas, desde upgrades de
classe até prêmios bobos. Além disso, a grana que você gasta
pagando os tickets no seu cartão de crédito, quem diria, só exige
um pouco de fidelidade e organização para, ali adiante, virar outra
passagem.

E viva
Ryan e seu objetivo secreto de atingir a
impressionante marca de 10 milhões de milhas aéreas. Toque aqui
quem quiser participar!

By Marcella Lorenzon

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