Cinco grandes motivos para conhecer a capital italiana – Lá Vai Ela!

Crédito Foto: Lucas Costanzi

Imagine um mundo onde você precisaria inventar razões para querer conhecer as grandes capitais do planeta. Não bastaria o fato de já serem “grandes” e estarem na lista dos lugares mais visitados. Nem que ilustrassem dezenas de guias e programas de tv.

Seriam, isso sim, necessários 5 motivos aleatórios e bastante subjetivos para convencer você, leitor.

Roma, a Grande, é a primeira:

1 HISTÓRIA

Império Romano, ruínas, catolicismo, fascismo, máfia, Fellini. Roma respira, transpira história. É burrice e até mesmo pretensão tentar passar ileso e não deixar-se contaminar por tantos acontecimentos que definiram a Itália e até mesmo o que somos hoje, aqui no canto do Brasil: desde o Coliseo até a Bocca della Verità, tudo ali diz muito sobre nossa civilização e nossos costumes. Difícil mesmo é não sair de queixo caído de uma simples caminhada pela cidade, já planejando entrar na próxima turma daquele cursinho de história…

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Crédito Foto: Lucas Costanzi
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Crédito Foto: Lucas Costanzi

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2 COMIDA

COMO, mas como explicar e narrar todas as experiências gastronômicas que Roma me deu? Cada restaurante de beira de estrada é um evento. A pizza fina e aerada na esquina do apartamento que morei – influência napolitana, é claro. O gelato do Campo Dei Fiori, com sabor e cremosidade imbatíveis. Os legumes saborosos feitos à moda mediterrânea, os óleos explodindo de sabores. Vinhos únicos e pastas, uma overdose de pastas em todos os formatos e com todos os molhos. E, por fim, o rei de todas as sobremesas e que domina minha memória gustativa: o tiramisù de um lugarejo em Trastevere.

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Crédito Fotos: Lucas Costanzi

Simplesmente coma, e a cidade se abrirá para você.

3 MODA

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Crédito Foto: Lucas Costanzi

Para uma adoradora de moda como eu, Roma se torna pequena perto de tudo que a Itália produziu. É o templo dos artesãos, e concentra o maior know-how em couro e tecidos. Por ali, a tradição se tornou sinônimo de qualidade suprema. É nas ruas e nas vitrines da capital que podemos ter uma ideia disso tudo: exuberância, auto-estima afiada, clássico e moderno em sintonia. Gucci, Prada, Max Mara, Versace, Cavalli, Valentino, Bulgari. Roma e a Via dei Condotti são a mais pura moda.

4 POVO

Desculpaê, não-italianos. Mas somos o melhor povo do mundo! Sim, somos. Meu passaporte herdado do bisnonno me permite falar isso com propriedade: rimos, sem fazer piada de tudo. Choramos, sem ser frios e inatingíveis. Somos educados e receptivos, mas também temos nossos dias de mal- humor. Falamos a língua mais linda já inventada, mas sabemos calar a boca (contestável, eu sei). Nos apaixonamos e brigamos mais que o necessário, mas essa é a graça da vida. Preservamos o que temos e, principalmente, cuidamos de quem a gente gosta. Comemos e bebemos como hobby, e fazemos dos ditos pequenos prazeres, os maiores.

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Crédito Foto: Lucas Costanzi
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Crédito Foto: Lucas Costanzi

Ir para Roma e ”achar o povo chato” é o maior anti-clichê, quase como vir ao Brasil e não tomar cerveja com pastel.

5 ARTE

Poderia escrever apenas duas palavras aqui: Capela Sistina. Todo mundo deveria ter direito a sentar ali e passar algum tempo
olhando para cima.

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Crédito Foto: Lucas Costanzi

Nada de religião, nada de fé. O que me faz ser apaixonada pelo que vi naquele teto se chama Michelangelo e, pra quem não sabe, além de dar nome a uma das Tartarugas Ninja, foi um artista espetacular. Aliás, só pra lembrar o tanto de arte que Roma tem, pensem também em Da Vinci, na Pietá, no Pantheon, e na Fontana di Trevi. Nas milhares de igrejas recheadas da mais pura arte, com vitrais e afrescos de anos longínquos demais para eu me lembrar. Nas escadarias perdidas e no sol batendo, na Piazza di Spagna cheia de gente no fim do dia. Nos prédios tortos e um tanto passados, com as roupas coloridas penduradas. E nas ruelas aparentemente intransponíveis de bairros quase esquecidos.

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Crédito Fotos: Lucas Costanzi

A arte está por tudo.

By Marcella Lorenzon

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