O show gastronômico do STREETXO de David Muñoz.

Conseguir as tão famosas estrelas Michelin não é fácil. Nem muito menos pretensioso. Poucos chefs sabem que terão a sorte de fechar o seu restaurante cada noite e dormir com as estrelas. E mais que estrelas, não são todos os cozinheiros que fazem um, simplesmente, espetáculo culinário onde cada um dos seus clientes volta a casa impressionado. Com a comida, com o ambiente, com a revolucionária cozinha como a que faz David Muñoz, o único chef madrileno com 03 estrelas Michelin, responsável pelo restaurante STREETXO.

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Alguns O chamam de “Punk Food”. Porque David Muñoz é punk. E no Brasil a expressão “punk” tem total relação com o que ele faz. Uma cozinha diferente, insólita, rompedora. David tem uma atitude revolucionária na criação de cada um dos seus pratos. Uma atitude natural, espontânea e livre. Uma cozinha sem paradigmas. Simplesmente faz um show gastronômico onde não precisamos entender e, sim, deixar-nos levar.

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O restaurante top de David Muñoz se chama DIVERXO. Faz tempo que quero ir, mas por uns motivos ou outros ainda não tive o prazer de apreciá-lo. Então hoje reservei uma mesa para maio. Sim, maio. DIVERXO é o restaurante que todo mundo fala. Que todo mundo deseja ir. E quando chegar maio, prometo fazer outro post da minha experiência gastronômica por lá.

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Mas, sorte que existe o segundo restaurante do chef que se chama STREETXO. Semana passada fui junto com uma amiga conhecer  e Oh My God, minha sensação foi de uma mistura de “delicia de comida” com “bom ambiente” e “espetáculo gastronômico”.

O novo STREETXO (o primeiro está localizado no Gourmet Experience do El Corte Ingles de Callao) encontra-se no recém inaugurado Gourmet Experience do centro comercial El Corte Ingles, na Calle Serrano, 47. Chegamos as 13:30h e esperamos na fila até que o restaurante abrisse (na Espanha a hora do almoço é as 14h). Isso é normal no Brasil, esperar nas filas, mas aqui não. Ninguém almoça ou janta se não tem uma reserva feita. Mas até isso o STREETXO não faz. Não reservam mesas.

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Ao abrir a porta os clientes passam a “barra” vermelha que se mistura com uma decoração composta por molduras divertidas de cabeças de animais dentro de capacetes de astronautas ou cadeiras feitas com caixas de frutas. Além de uma cozinha “ao vivo” por 18 cozinheiros. Cada dupla se encarrega de 4 pratos do cardápio e os fazem de forma tão rápida e precisa (todos os pratos são milimetricamente iguais) que, como digo, é como se tratasse de uma montanha russa de sensações.  E para acompanhar, música de Wally López. Nada pode ser mais “canalha” que uma “barra y um DJ”. Me senti como se estivesse numa festa. E amei a experiência. No STREETXO não existem garçons. Te dão o cardápio quando querem e voilá. Sorte e thanks god por ser servido.

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Os coquetéis são espetaculares e diferentes. O almoço no STREETXO começa com um coquetel, depois a comida. Muitos dos pratos são servidos em papel. Sim, papel. Cada um dos pratos intensos e diferentes . Por exemplo, e para citar os que provamos: Mexico se encuentra con el País Vasco: Codorniz royal asada inyectada en salmuera. Mole poblano al cacao + Idiazabal. Totopos de maiz y encurtido de tomates verdes. Também,  um dos pratos estrela do chef, o Sandwich club al vapor. Ricota. Huevo frito de codorniz. Sichimi-Togarashi. E por último o Chili Crab. Pimentón. Chiplotes. Palo cortado. Mantou. Todos espetaculares. Surrealistas se me refiro a cozinha de David Muñoz.

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No STREETXO não importa os nomes dos pratos,  o que importa é o espetáculo, o prazer e a experiência de almoçar ou jantar, com uns 35 euros, abaixo de um céu de 3 estrelas.

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By Jordana Paiva

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