Travel Crush: Myanmar

Um destino cheio de cultura, misticismo e segredos.

Cada vez mais buscamos viagens com propósito e Myanmar é um destino que se enquadra perfeitamente! Um destino ainda polêmico, mas belíssimo.  O país é altamente cultural, com histórias importantes de reis, influência de imigrantes chineses e indianos, mistura de grupos indígenas,  muitos segredos e misticismo, crenças e uma natureza exuberante. Myanmar é o nosso Travel Crush da semana!

Myanmar tem belas paisagens e 1.200 milhas de costa ao longo do mar de Andaman e da baía de Bengal, no entanto, o número de turistas é muito menor do que os da vizinha Tailândia e Laos. O país estava praticamente fechado até recentemente e o regime responsável não fez muito para atrair visitantes. Hoje, os turistas estão migrando para lá por uma simples razão: está mudando rapidamente.

Fatos sobre Myanmar

Localizada no Sudeste Asiático, a República da União de Myanmar é a antiga Birmânia, o maior país do Sudeste Asiático, que faz fronteira com Bangladesh, China, Índia, Laos e Tailândia. O seu nome mudou de “Burma” para “Myanmar” em 1989, causando muita confusão.

Embora Burma seja considerado  por alguns como parte do sul da Ásia (podem ser vistas as muitas influências da proximidade), ela é oficialmente membro da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático).

Capital

A capital de Myanmar foi transferida de Yangon (anteriormente Rangoon) para Naypyidaw em 2006. Yangon ainda é a maior cidade.

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Religião

O país conta com forte influência do budismo, religião da grande maioria da população (88%), e uma concentração importante de templos e monastérios budistas. Ao norte do país há concentração de mulçumanos. Os Rohingyas, como são chamados, são uma minoria islâmica, que vivem o estado Rakhine, já na fronteira com Bangladesh.

Idioma

A língua oficial do país é o Burmese,  mas de modo geral a comunicação em inglês é muito fácil.

Moeda

A moeda do Myanmar é chamada de Kyat. A nota com valor mais alto é de 10 mil, equivalente a pouco mais que 20 reais.

Para visitar

Para visitar o país você só precisa solicitar um visto on-line antes de sua viagem. Em 2014, o país iniciou um sistema eVisa que permite aos viajantes solicitar uma Carta de Aprovação de Visto. Se aprovado, você simplesmente precisa mostrar a carta impressa em um balcão de imigração para receber um carimbo de visto por 30 dias.

As fronteiras terrestres com a Tailândia foram abertas em 2013, no entanto, a única maneira confiável de entrar e sair do país é via avião.Voos de Bangkok ou Kuala Lumpur são os mais populares.

Algumas regiões da Birmânia ainda estão fechadas para os viajantes. Essas áreas restritas exigem permissões especiais para entrar e devem ser evitadas. Apesar da mudança de regime, a perseguição religiosa ainda é um problema violento em Myanmar.

Tradições

Em uma nação de vários grupos étnicos, explorar Myanmar é como voltar no tempo. Apesar de todas as mudanças recentes, Mianmar permanece no coração uma nação rural de valores tradicionais. Você encontrará homens usando longyi (uma espécie de saia) e mulheres com rostos envoltos em thanakha (Um pó extraído de madeira típica da região misturado com água, que é um protetor solar natural). Trishaws ainda percorrem as ruas da cidade, enquanto o cavalo ou o boi e a carroça são transportes rurais comuns. Beber chá – um costume colonial britânico – é abraçado com entusiasmo em milhares de casas de chá. E você ainda vê muitos locais mascando noz de areca misturada com folhas de betel (os efeitos dessa noz são bem parecidos aos do tabaco).

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Não tem problema usar roupa curta nos lugares normais, mas para visitar pontos turísticos religiosos é preciso se cobrir por respeito;

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História do país

A história recente de Birmânia remonta ao século XIX, quando foi agregada pelo Império Britânico à colônia indiana. Já em 1937, Burma tornou-se uma colônia própria, até que durante a segunda guerra mundial o território foi invadido pelo Japão. A invasão japonesa perdurou por todo o período da guerra, sendo que a independência da região só se deu em 1948.

Embora durante o período em que esteve sob domínio do Império Britânico, Burma tenha se tornado um país bastante rico e próspero, sendo um dos mais ricos da região; infelizmente, com os seguidos golpes políticos e a instalação do regime ditatorial, a realidade foi bem diferente, convertendo-se em um país bastante pobre e altamente dependente de sua agricultura, baseada na produção de papoula e arroz.

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O nome de Burma foi oficialmente alterado para “A República da União de Myanmar” pela junta militar no poder em 1989. A mudança foi rejeitada por muitos governos do mundo devido à história confusa da junta de guerra civil e violações dos direitos humanos. Embora diplomatas e governos tenham demonstrado desaprovação ao aderir ao antigo nome de Birmânia, isso mudou. As eleições de 2015 e a vitória do partido de Aung San Suu Kyi ajudaram a abrir as relações internacionais e o turismo, tornando o nome “Mianmar” mais aceitável. O povo de Mianmar ainda é chamado de “birmanês”.

Em 2015, Myanmar votou em seu primeiro governo eleito democraticamente em mais de meio século. As sanções foram retiradas e os investidores asiáticos, estão indo desde então até o país para fazer negócios. As conveniências modernas de viagem, como cobertura de telefone celular e acesso à Internet, agora são comuns. Mas, com diversas mudanças econômicas e sociais, os militares birmaneses continuam a desempenhar um papel fundamental na política. O país segue em constante mudança.

Experiências imperdíveis

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Pagode Shwedagon em Yangon

O Pagode Shwedagon em Yangon é um dos pagodes budistas mais sagrados do mundo e o símbolo do país. Pensa-se que o belo local contenha relíquias pertencentes a quatro Budas, incluindo fios de cabelo de Gautama Buda. Localizado na serra de Singuttara, repleto de relíquias históricas e considerado o primeiro centro religioso de Myanmar. Conta com mais de 2500 anos de história,o templo foi formado com mais de 8 toneladas de ouro, 4 mil diamantes e 2 mil rubis.

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Mandalay e arredores

A cidade foi o bastião da cultura birmanesa, com seu grandioso palácio e a grandiosidade do Pagode Kuthodaw. O Hsinbyume Pagoda, a 10km dali (na cidade de Mingum), é um grande e lindíssimo pagode no lado norte de Mingun, na região de Sagaing, na margem ocidental do rio Irrawaddy. Outro ponto conhecido próximo a cidade é a Ponte U Bein em Amarapura, com cerca de 1,2 km de extensão,  construída inteiramente com pedaços de uma árvore nativa conhecida como teca.

Foto: Civitatis/ Reprodução

Kyaiktiyo Pagoda (Golden Rock)

O Kyaiktiyo Pagoda é um conhecido local de peregrinação budista no estado de Mon, na Birmânia. É um pequeno pagode construído no topo de uma pedra de granito enorme coberta com folhas de ouro coladas por seus devotos.

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Bagan

A cidade localizada no coração do país,  conta com mais de 3 mil templos budistas e uma natureza exuberante repleta de montanhas. Apesar dos danos causados pelo terremoto de 2016, os diversos templos da cidade ainda formam uma paisagem lindíssima. A maioria dos templos antigos do século 11 ao 13 foram reformadas, pois Bagan é um local religioso ativo e um destino de peregrinação.Um passeio imperdível na cidade é o passeio de balão ou de bicicleta.

Photo by Mega Caesaria on Unsplash

Inle Lake

Quase todos os visitantes de Myanmar vão até ao Lago Inle Lá você encontra templos, mercados e jardins flutuantes. Além de aldeias de pescadores  e colinas, ótimas para caminhar, ao redor.

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Sagaing

Um local de peregrinação para os budistas e uma viagem de um dia fácil de fazer, a partir de Mandalay. Seu período como capital real pode ter sido breve (apenas quatro anos), mas se estabeleceu e perdura como um centro de gravidade intelectual para as tradições budistas. A cidade é dominada por colinas baixas, cobertas por inúmeras estupas brancas e douradas. O mosteiro Tilawkaguru está repleto de algumas das mais impressionantes pinturas preservadas do país.

Mawlamyine

A capital e maior cidade do estado de Mom e antiga capital da Birmânia britânica, conta com uma mistura de arquitetura histórica de Mawlamyine, igrejas imponentes, templos no topo de colinas e um porto movimentado. Foi um local de inspiração para escritores como George Orwell e Rudyard Kipling. Em torno de Mawlamyine estão ilhas tropicais e cavernas profundas, além de aldeias onde a cultura Mon única da região permanece forte.

Foto: Reprodução/Pinterest

Arquipélago de Mergui

Cerca de 800 ilhas pouco povoadas, com praias de areia branca em um mar azul-turquesa, alguns dos melhores mergulhos da região. O acesso a essas lindas ilhas leva tempo e não é barato, mas quem fizer o investimento, vai poder explorar um dos lugares mais lindos e desconhecidos da Ásia.

Foto: Vivid Travel/ Reprodução

Kalaw

Com temperaturas mais baixas, elevações mais altas e muitos habitantes locais descendentes de soldados nepaleses de Gurkha, Kalaw possui uma atmosfera quase do Himalaia. Sem surpresa, este é um dos melhores lugares de Myanmar para caminhadas no interior do país.

Photo by Yves Alarie on Unsplash

Ngapali beach

Uma das praias mais famosas e mais procuradas por quem está indo visitar o Myanmar. Um refúgio de areia fina e clara, com águas cristalinas e quentes.

Foto: Get your Guide/ Reprodução

Monte Popa

O que antigamente era um vulcão, hoje é uma montanha que guarda um lindo mosteiro budista no seu topo. Acredita-se que o local é a casa de 37 nats (espíritos birmaneses), representados por estátuas na base da montanha. Para chegar ao topo e visitar o mosteiro, você deve encarar 777 degraus e muitos macacos pelo caminho.

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Curiosidades

#As montanhas de Myanmar abrigam muitas pedras preciosas. Cerca de 90% dos rubis do mundo vêm da Birmânia. Safiras e jade também são abundantes. Alguns grandes varejistas ocidentais se recusam a usar jóias do país devido às condições de trabalho.

#A Birmânia já teve uma das mais rigorosas políticas de censura da Internet no mundo. Blogueiros foram presos por postar fotos que retratam problemas no país. Os cibercafés mantinham seu passaporte à medida que monitoravam o uso da web. Mas alguns locais ainda controlam as principais emissoras e publicações, e a autocensura é comumente praticada.

#Até 2013, a Birmânia era um dos únicos três países do mundo onde você não podia comprar uma Coca-Cola; Cuba e Coréia do Norte foram os outros dois.

#Os garotos provenientes de famílias budistas tem de se tornar monges, mesmo que por um breve período de tempo, por essa razão é bastante comum encontrar aspirantes a monges por todo o país.

 

 

 

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